Óleo essencial cura tudo?

A verdade é que a aromaterapia tem ganhado bastante fama nos últimos tempos e isso foi uma coisa que eu sempre almejei, mas afinal, óleo essencial cura tudo?
Bem, eu sonhava com o dia que eu fosse falar de terapias naturais com as pessoas e elas considerassem isso como uma possibilidade de tratamento eficiente. Durante muito tempo me senti deslocada por falar de um assunto que ninguém nunca tinha ouvido falar e que ao ouvirem me consideravam tipo aquelas curandeiras meio bruxas (não que eu não aprove a ideia), mas que de fato acreditassem que o que eu me propunha a realizar tivesse efeito, de fato.

Acontece que as terapias naturais realmente se popularizaram e agora a preocupação é outra: será que elas estão sendo usadas de maneira correta?

Percebo um certo frenesi quando o assunto é aromaterapia. As pessoas estão habituadas a usar remédio para tratar suas doenças e acabam apenas substituindo remédio por produto natural, tentando usar a mesma lógica pros dois. Mas as terapias naturais não funcionam assim. É aquela máxima de que “não é porque é natural que não faz mal”. A diferença entre o remédio e o veneno é a dose, é a via de administração, é a composição… especialmente na aromaterapia que estamos falando de produtos naturais, de uma composição química complexa, extremamente concentrados e com grande potencial de ação no organismo.

A ideia é que, assim como há uma tendência de as pessoas buscarem aquilo que é natural pra se intoxicar menos, (o que pode ser um tiro no pé se usado sem o devido conhecimento, já que há – e muito – intoxicação por uso inadequado dos óleos essenciais), haja também uma busca maior por autoconhecimento. Nas terapias naturais (qualquer uma!) o que é tratado é indivíduo, e não a sua doença.

Lembre que as terapias naturais vem dos tempos em que a natureza era o meio em que o homem vivia e por isso ele conseguia enxergar e até espelhar dela a sua cura. Hoje nós nos afastamos, tanto desse meio natural quanto da nossa própria natureza. Tudo está tecnológico, automático, rápido, frenético. A gente perdeu a conexão! Pense que nos últimos (quase) 100 anos quando você tem uma dor de cabeça enquanto está trabalhando, você pega o remédio pra isso na sua bolsa, toma e continua o que estava fazendo… não há tempo! E isso é o contrário da natureza, onde tudo depende do tempo!

Ninguém para pra pensar no por quê da dor de cabeça, quase ninguém tenta o que é mais lógico: olhar para si, antes de tentar tirar o “problema”. Veja que a dor (ou doença) se transformou em problema! Aí quando eu falo do potencial que a dor ou doença tem de nos trazer de volta pra dentro de nós mesmos, de nos dizer de uma maneira muitas vezes bem bruta que algo na nossa natureza não vai bem, as pessoas me olham com estranheza e finalmente dizem: mas não tem um óleo essencial (ou outra coisa) pra tratar isso?

Pior que tem!

Mas será que é isso que você precisa?

Tem uma psicoaromaterapeuta que diz: “Há óleo essencial pra curar tudo, mas nem tudo se cura com óleo essencial”.
Então minha resposta é sempre mostrar que há sim alternativas aos medicamentos, mas não é só isso. Aproveite esta sua inclinação de buscar alternativas naturais pra cura, pra sair da sua zona de conforto, sair da caixinha e buscar a natureza.

A sua natureza!

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